7.3.07


Amélia que era mulher de verdade.
Eu sou apenas uma mulher.
E gostaria de reivindicar o direito de sê-lo.
Sou vaidosa, uso batom pra dar cor à minha vida.
Maquiagem para parecer mais bonita.
Não faço tudo com perfeição.
Alguns fios de cabelo branco, apesar de todas as tentativas para evitá-los, aparecem.
Uso cremes pra retardar o envelhecimento e se à noite tenho dores de cabeça é porque me sinto cansada.

Nem sempre estou disponível e pronta.
Cometo erros. Me engano como qualquer outro ser humano normal.
Gosto de roupas, sapatos, jóias, perfumes e flores.
Um minuto de atenção me faz ganhar todo o dia.
Sou sensível, fraca, frágil. Mas sou forte quando preciso.
Minha única busca: o amor e tudo o que dele resulta: crianças, trabalho, dia-a-dia e felicidade.

Mas vou além: quero segurança, andar de mãos dadas, ser pega no colo e ser chamada de rainha.
Minhas lágrimas me traem quando menos espero. E desespero.
Detesto a solidão, a falta de atenção. Sou impaciente e não gosto de esperar.
Não quero ser objeto e nem ter dono.
Sou capaz por mim mesma, amando, de me entregar de todo e ser fiel.
Sem amarras, simplesmente por amor.

Posso ferir, como todas as rosas. Mas perfumo também, dou encanto.
Ilumino o amor como só as mulheres sabem fazer.
Compenso se assim posso dizer.
Há sempre um preço para a felicidade e tocar nela é aceitar pagar esse preço.
Sou uma Amélia dos tempos modernos.
Mais independente, sabendo o que quer.
E o que quero é ser eu mesma

(AD)

Feliz Dia Internacional da Mulher!

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