21.5.09
PENSAMENTO DO DIA:
“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos” – Fernando Pessoa
O Caçador de Pipas – Reflexão
Leia e comece a dar feedback às pessoas com quem convive... É respeito com elas.
Recebi este texto que e estou repassando por acreditar que é uma reflexão muito válida e importante. O autor do texto me é desconhecido. Convido todos a uma viagem em sua consciência. Vamos avaliar a qualidade das relações que estabelecemos no nosso local de trabalho, no ambiente familiar e no trato com os amigos.
O Caçador de Pipas... Transferido para nossas Organizações:
A argumentação sobre essa afirmativa foi baseada em "O caçador de Pipas", de Khaled Hosseini. O romance é bom demais para ficar na estante (para quem preferir existe o filme ‘O Caçador de Pipas’ baseado no livro). É possível fazer conexões, durante e após a leitura desse livro, com a realidade das organizações, das atitudes, posturas e comportamentos de muitas pessoas que se auto-intitulam líderes em função do cargo que exercem.
De todas as sensações agradáveis e dolorosas que a leitura deste livro me proporcionou e dos ensinamentos que me trouxe, foi muito significativa para mim a passagem em que, conversando com seu filho Amir, Baba afirma que existe apenas um pecado no mundo: o do roubo.
Ele justifica essa afirmação, dizendo:
a) Quando você deixa de dizer para alguém alguma coisa que você acredita ser 'verdade', você está 'roubando' o direito de ele saber o que você sente a seu respeito.
b) Quando você mata alguém, você está 'roubando' o direito de outras pessoas conviverem com a pessoa que você matou.
c) Quando você 'maltrata' alguém, você está 'roubando' o direito dessa pessoa de ser feliz.
d) Quando você mente para alguém, você está 'roubando' o direito dela de conhecer a verdade.
Como decorrência dessas assertivas, imediatamente surgem à mente os inúmeros 'roubos' praticados nas organizações.
Relacionemos alguns deles para que os amigos possam examinar se, em sua organização, eles são praticados.
a) Quando você chega atrasado em uma reunião, você está 'roubando' o tempo das pessoas que chegaram na hora marcada.
b) Quando você quer, ou impõe, que seus 'colaboradores' (não podemos mais falar subordinados, pois é um termo ofensivo), fiquem trabalhando rotineiramente após as 8 horas diárias, você está lhes 'roubando' o direito ao lazer, ao estudo, além do prazer que todos nós temos em desfrutar da companhia da esposa, filhos e amigos.
c) Quando você pede urgência na execução de determinada tarefa, e depois não dá a ela a menor importância, você está 'roubando' o seu colaborador.
d) Quando você pensa que alguns de seus auxiliares não estão correspondendo às suas expectativas, e nada diz para ajudá-los a crescer, você está 'roubando' a vida profissional deles.
e) Quando você fala a respeito das pessoas e não com as pessoas, você está 'roubando'-lhes a oportunidade de saberem a opinião que tem sobre eles.
f) Quando você não reconhece os pontos positivos, as capacidades as pessoas têm, você está 'roubando' a alegria e a satisfação de que todos precisam para se sentir valorizados e úteis.
Além de 'roubar', você está sendo o principal gerador de um ambiente de trabalho desmotivador e desinteressante.
Todos nós temos um discurso fácil ao afirmar que é imprescindível haver respeito e consideração com todas as pessoas com quem convivemos, quer no plano pessoal ou profissional. Pensar e falar não é tão difícil. O grande desafio está no agir, no fazer, no praticar aquilo que se diz ou pensa como sendo o certo, o correto, nas relações entre as pessoas. Não valemos pelo que pensamos, mas sim pelo que realmente fazemos.
Tenho constatado, com base no mundo real, que a maioria deixa de se manifestar sobre como percebe e sente o comportamento das pessoas com quem convive. A racionalização de não dizer nada é baseada no argumento de que, 'afinal, ninguém perfeito', mas isso vai acumulando insatisfações, com reflexos inevitáveis nas relações.
Eugenio Mussak, na revista "Vida Simples", do mês de julho deste ano, é enfático ao afirmar que "feedback" é uma questão de respeito e consideração para com a outra pessoa porque só damos "feedback" para as pessoas que respeitamos e de quem gostamos. Dar e receber "feedback" são questões básicas e essenciais para a existência de uma relação saudável, duradoura e, principalmente, respeitosa. Oportuno lembrar, também, que todas as coisas em que prestamos atenção tendem a crescer. Se olharmos tão somente os aspectos negativos de alguém, esses defeitos tendem a crescer aos nossos olhos. O inverso também é real. Se dirigirmos nossas observações aos aspectos positivos que os outros têm, existe a grande possibilidade de que eles cresçam também.
Façamos agora um exame de consciência, analisando nosso comportamento nas diversas relações que mantemos:
Será que eu estou 'roubando' de meus auxiliares, companheiros, familiares, correspondentes e amigos algumas informações ou verdades que poderiam ser úteis para o seu crescimento e satisfação pessoal, emocional e profissional? Será que não é o momento de eu me abrir franca e sinceramente com eles, tornando assim mais íntimos e honestos os laços das minhas relações?
Pense nisso.
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